quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Play Dirt - Girlschool (1983)


Play Dirt é o quarto disco de estúdio da banda, lançado em 1983. É considerado um dos piores discos da banda por alguns críticos e não é por menos. Trata-se, de fato, de um disco insípido e genérico, uma tentativa ridícula de soar "Los Angeles".

Incrivelmente esse disco é o preferido da baterista Denise Dufort. Ela diz que o disco tem uma sonoridade mais madura e lembra um pouco Def Leppard.

De fato o disco tem uma sonoridade próxima de Def Leppard, na sua fase mais Pop, mas não sei no que isso tem a ver com maturidade. E não é apenas eu a pensar assim. Esse disco não foi apenas um fracasso de crítica mas de público, foi o primeiro disco do Girlschool a não entrar na UK Top 40.

As músicas estão bem mais soft, lembrando muito mais um AOR qualquer do que qualquer outra coisa que deveria ser o Girlschool.

A grande surpresa do disco é um cover do T.Rex, 20th Century Boy.

Vale ressaltar que é um disco produzido por Noddy Holder e Jim Lea da banda de Hard Rock Slade.
Segundo Eduardo Rivadavia, crítico da Allmusic, o disco provavelmente queria tentar pegar a rabeira do sucesso pop post-glam de Joan Jett e tentou copiá-la em tudo, vemos isso a começar pela capa do disco, onde temos as 4 garotas, belas e maquiadas, com olhares selvagemente penetrantes, em roupas de couro rasgadas, típico da ex-Runaway.

Falta de inspiração e falta de personalidade definem o disco, nota 5 apenas por que me simpatizo pelas garotas e sei que dentro delas, mesmo aqui, gritava um espírito mais selvagem do que isso.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Om - Pilgrimage (2007)


"Pilgrimage", o terceiro disco do "doomy duo" Om, um exemplo de como às vezes, menos é mais. Apenas com o baixo, a bateria e as cordas vocais, o grupo demonstra uma incrível capacidade de criar música de incrível profundidade e originalidade.
Esse álbum cumpre realmente o que o título sugere, uma viagem épica às terras desconhecidas de proporções subsônicas. É incrível o preenchimento sonoro somando apenas poucos instrumentos. Isso tem nome, TALENTO.
Al Cisneros comanda os caminhos dessa viagem, sem esforço ele tece linhas de baixo hipnóticas (e belíssimas) criando uma atmosfera meditativa, enquanto canta sobre planos espirituais e ilusões da experiência contemplativa e religiosa. A capa do disco é uma obra prima à parte, um ícone Ortodoxo, uma representação de um anjo. Nada mais significativo para esse disco.
Seu parceiro, Chris Hakius, não é menos importante, mantendo a música funcionando perfeitamente lisa com um bom equilíbrio "de xamã", com marchas, cadências e ritmos.
As pessoas que procuram alguma brutalidade de qualquer espécie, ou mesmo algo de metal não irá encontrar aqui, e vai descartar o álbum como chato. Não me interpretem mal, há uma abundância de riffs pesados, mas eles não são pesados de forma "tradicionalmente metálica", eles são pesados num sentido mais profundo da palavra, as paletadas no baixo distorcido e o ambiente criado pelo disco por si só, coloca muita guitarra distorcida de joelhos.

O único defeito deste disco é ter só 32 minutos.

Músicas:

1. Pilgrimage
2. Unitive Knowledge Of The Godhead
3. Bhima's Theme
4. Pilgrimage (Reprise)

Disco inteiro:

Lynyrd Skynyrd - Vicious Cycle (2003)

Lynyrd Skynyrd - Vicious Cycle - 2003

Vicious Cycle é o décimo segundo álbum de estúdio do Lynyrd Skynyrd, lançado em 2003. Foi o primeiro disco da banda após a morte do baixista original, Leon Wilkeson. Ele morreu durante as gravações, mas ainda marca presença nas músicas "The Way" e "Lucky Man".
Este álbum é o primeiro a apresentar o substituto de Wilkeson, Ean Evans, o primeiro com Michael Cartellone na bateria, e o último álbum que o guitarrista Hughie Thomasson tocou antes de morrer. Época conturbada para a banda! Da formação original acabou sobrando apenas 2 membros, Gary Rossington e Billy Powell.
O pré-lançamento do disco incluiu um single com a música "Red, White & Blue", que alcançou a primeira posição nas paradas norte-americanas na época.
Liricamente, a banda não estendeu a sua lista de tópicos em quaisquer novas direções, mas, muito sinceramente, quem se importa? Como bem disse o crítico Rob Theakston; Este é Skynyrd. A temática da banda continua a mesma: amor a família, amor a pátria, o bom gosto para bebida e para as boas coisas mundanas (mulheres em destaque, obviamente). Uns momentos de curtição, Rock'n Roll, e outros momentos contemplativos em busca da alma e das origens, hora ou outra um lamento, não precisa mais do que isso. A exceção temática do disco está na canção "Mad Hatter", que é um tributo ao baixista Leon Wilkeson que, como foi dito, passou dessa pra melhor.
Musicalmente a banda continua fazendo um Southern Rock competente. Um disco bom, bem tocado, com bom momentos melódicos sabiamente contrabalanceados com peso, bons riffs, bons solos de guitarra e uma textura de teclado muito bem colocada. Não há do que reclamar.

Dica Independente: The Dustaphonics


The Dustaphonics é uma banda de Garage Rock londrina que está na ativa desde 2008.
Além da base do Garage Rock o som da banda tem algumas influências de Soul, Funk, Punk e principalmente de Surf Music. Entre as influências citadas pela banda em sua página oficial no Facebook estão Bo Diddley, Link Wray, Dick Dale, Mickey Baker, Coaster, Ramones, Aretha Franklin, Hank Williams, James Brown, Sugar Pie De Santos e Etta James.

Dá para notar que, com essas influências, o som da banda soará retrô.

A banda é atualmente composta pela belíssima Hayley Red, Yvan Serrano Fontova (Dj Healer Selecta) na guitarra, Eric Frajiria (Bruce Brand) na bateria e Dan "Diaboliks" Whaley (Devil Dell'Aiera) no baixo.

Para ouvir o som da banda acesse:
http://www.reverbnation.com/dustaphonics/songs
Neste link você poderá ouvir 7 músicas da banda.





sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Dica Independente: The Mobbs

Quem disse que o Rock morreu? Na verdade ele pode apenas estar passando por uma fase comercial ruim e, concordo, nem mesmo o alternativo se salva muito, sendo pior que o mainstream na maioria dos casos.
No entanto bandas boas surgem e aqui vou listar algumas das boas bandas que descobri recentemente, através de um ótimo podcast do blog retroman65.


The Mobbs
Diretamente de Londres, do coração da Inglaterra, The Mobbs é uma banda de Garage Punk e Garage Rock que está na ativa desde 2008.
Para ouvir a banda entre em seu site oficial:
http://www.themobbs.co.uk/
Há 8 músicas que são suficiente para você notar o estilo da banda. Uma pegada "retrô" que remete bastante a sonoridade de bandas como The Kinks, The Small Faces e The Troggs.

Clipe na música "Bully"



Clipe da música "Old Square Eyes"



Clipe da música "Better The Devil You Know"